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Lição 04 - Resguardando-se de Sentimentos Ruins

Revista CPAD Lições Bíblicas Adultos 2 trimestre 2022

Lição 04 CPAD Adultos 2 trimestre 2022 - Escola Dominical Tema da revista: Os Valores do Reino de Deus - A Relevância do Sermão do Monte para a Igreja de Cristo

TEXTO ÁUREO

"Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão será réu de juízo" (Mt 5:22)

VERDADE PRÁTICA

A cólera e a ira não podem dominar o coração do crente. Elas devem ser evitadas e vencidas com o ensino do Evangelho

📅 LEITURA DIÁRIA
SegundaMt 5.21 Um mandamento que preserva e sacraliza a vida
TerçaMt 5.22 - O verdadeiro alcance do sexto mandamento
Quarta1 Jo 3.15 - Quem aborrece o seu irmão é homicida
Quinta1 Jo 4.20 - Quem diz amar a Deus, mas aborrece seu irmão, é mentiroso
SextaSl 66.13-20 - Entregue a sua oferta com um coração puro
Sábado1 Co 6.1,5 - Os cristãos devem ter maturidade para resolver as desavenças


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Mateus 5.21-26
21 – Ouvistes o que foi dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer que matar será réu de juízo.
22 – Eu, porém , vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão será réu de juízo, e qualquer que chamar a seu irmão de raça será réu do Sinédrio; e qualquer que lhe chamar de louco será réu do fogo do inferno.
23 – Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti,
24 – deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem, e apresenta a tua oferta.
25 – Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele, para que não aconteça que o adversário te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao oficial, e te encerrem na prisão.
26 – Em verdade te digo que, de maneira nenhuma, sairás dali, enquanto não pagares o último ceitil.


HINOS SUGERIDOS

  • 35 - O Grande Amor
  • 42 - Saudai Jesus
  • 46 - Um Pendão Real


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PLANO DE AULA

  1. INTRODUÇÃO
    A presente lição mostrará que o Evangelho do Senhor Jesus tem uma dimensão moral muito bem delimitada. Nesse sentido, essa dimensão moral não abre margem para que sentimentos hostis ao Evangelho façam parte da vida interior do crente. Veremos que evitar a cólera é uma atitude sábia para evitar pecados trágicos como o do homicídio.
  2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
    A) Objetivos da Lição:
    I) Expor que o Evangelho não é Antinomista;
    II) Pontuar que a cólera é o primeiro passo para o homicídio;
    III) Correlacionar o ato de ofertar com a desavença.
    B) Motivação: Muitas pessoas praticam ações trágicas por causa dos atos precipitados e impensados. Se houvesse uma pausa, ou se desviasse o pensamento por alguns instantes, o mal não ocorreria. As consequências da cólera, da ira estão por todos os lados: trânsito, banco, filas de espera etc.
    C) Sugestão de Método: Selecione cenas de agressividade no trânsito ou numa fila. Apresente essas cenas em classe e solicite os alunos que as analisem. Pergunte-lhes se vale mesmo a pena desperdiçar energia com coisas que, geralmente, uma boa e educada conversa resolveria. Contraste sempre essas cenas com os valores opostos que a lição apresenta.
  3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
    A) Aplicação: Ao final da aula, solicite aos alunos a realizarem uma autoanálise. Como tem sido o comportamento no trânsito? Quantas vezes no dia eles perceberam a presença do sentimento de ira ou da cólera? Eles têm consciência de que esses sentimentos fazem mal à saúde emocional? Por que no lugar dessas emoções ruins e pesadas, não cultivar sentimentos nobres da Palavra de Deus?
  4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
    A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas. Na edição 89, p.38, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
    B) Auxílios Especiais: Ao final dos tópicos, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula:
    1) O auxílio localizado ao final do segundo tópico traz um aprofundamento da questão tratada no tópico a respeito do sentimento da raiva;
    2) O texto que encontra-se ao final do terceiro tópico é uma proposta que pode auxiliar você na aplicação da lição, pois ele revela as dimensões práticas que o seguidor de Jesus deve observar na caminhada cristã.


INTRODUÇÃO

Nesta lição aprenderemos com o Mestre Divino que o Evangelho não é antinomista (a partir da explicação desse conceito), que a cólera é a antessala do homicídio e que para de ­ votar na nossa vida a Deus, precisamos nos reconciliar com o próximo. Veremos que o nosso Senhor colocou em alta conta o valor da pessoa humana e, por isso, a seção bíblica de Mateus 5.21-26 será o objeto de nosso estudo.
PALAVRA-CHAVE: SENTIMENTO

🤓 Comentário da Lição

A forma como Ele introduz os seus ensinos deixa claro o que quis dizer aos seus discípulos sobre a justiça deles ultrapassar a dos escribas e fariseus. Outro ponto relevante nos versículos que analisaremos é que Jesus faz uma distinção clara entre a forma como Ele e os seus opositores interpretavam a Lei. É preciso entender que em momento algum Jesus será antagonista a Moisés, pois, como dito anteriormente, Ele tinha consciência de que a Lei e os profetas eram a Palavra de Deus. Sua intenção era mostrar a fragilidade da interpretação dos escribas e dos fariseus. Podemos declarar que a partir de agora a lâmina de Cristo será bem afiada e o corte profundo, atingirá o âmago da essência humana, o coração, de onde procede o pecado (Mt 15:19). Ele atacará a interpretação mórbida dos escribas e dos fariseus, condenando-os, depois mostrará o que de fato a Lei de Deus propõe ao homem. No teor desse capítulo, nosso alvo é mostrar que o evangelho não é contra a Lei e que toda ação positiva ou negativa realizada pelo homem começa primeiramente no coração.


I. O EVANGELHO NÃO É ANTINOMISTA

1. O que é Antinomismo?

A palavra nos fornece a própria definição: constituída do grego Anti, que quer dizer “contra”; e nomos, “lei”; diz respeito a tudo contrário à lei, normas e regras. A palavra traz a ideia de que os cristãos não precisam obedecer à lei moral do Antigo Testamento. Defensores antinomistas dizem que a Lei não teve origem em Deus Pai e que, por isso, ela deve ser rejeitada. Há os que dizem que Deus havia determinado por decreto a existência do pecado, de modo que jamais se pode evitá-lo, por isso, não há razão para a existência da Lei. Por fim, outros ainda defendem simplesmente que a Lei é opostar ao Evangelho. Entretanto, veremos que esse ensino violam as Escrituras que o Antinomismo é um desvio da Palavra de Deus (Rm 6.15,16).

🤓 Comentário da Lição

O termo antinomismo, ou antinomianismo, foi cunhado por Martinho Lutero e é definido como uma declaração que, sob a dispensação do evangelho da graça, a lei moral é de nenhum uso ou obrigação, porque somente a fé é necessária para a salvação. Sendo bem direto, os que adotam a posição antinomista dizem que o cristão que vive em Jesus não precisa mais da lei moral como padrão ou regra de vida, mas não somente isso, passam a negar outras leis e são dominados por suas concepções subjetivas, emitindo pareceres e julgamentos propriamente seus como sendo os mais corretos. Essa posição é por demais perigosa por dois motivos: o primeiro, é que uma pessoa com tal atitude pode pensar que suas noções interiores são as mais corretas, negando outras verdades, mas tendo as suas como se realmente fossem inspiradas; em segundo lugar, cria-se a ideia de que não existem leis que possam ser observadas como obrigatórias, dessa forma, cada pessoa acaba padronizando por si mesma um estilo de vida conforme seus desejos e interesses.


2. A Lei e o Evangelho.

Conforme visto na lição anterior, Jesus não desprezou a Lei. Em Mateus 5.21 vemos claramente isso. A expressão “Ouvistes o que foi dito aos antigos” aponta para uma retrospectiva de um ponto da Lei de Moisés. Diferentemente dos escribas e fariseus, nosso Senhor deu ênfase à autoridade da Lei e revelou a real intenção de Deus presente nela. Atente para o mandamentos “Não matarás” (Êx 20:13). Enquanto os escribas e fariseus interpretavam esse mandamento de maneira restrita ao ato literal de matar uma pessoa, nosso Senhor o ampliou e aprofundou, demonstrando que o homicídio tem início no coração do ser humano a partir da ira, do ódio, da cólera (cf. Mt 5:22).

🤓 Comentário da Lição

Pela estrutura teológica do antinomismo, evangelho e Lei não combinam, visto que o primeiro, se firma na graça, ao passo que o segundo, tem sua base na Lei mosaica. Assim, como o cristão já foi justificado por Cristo e vive sob a lei do Espírito, é desnecessário o cumprimento da Lei de Moisés. A citação de Romanos 6.14,“Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça”, é uma verdade paulina incontestável. Quando ele a escreve, não está querendo dizer que o cristão deve manifestar total desprezo à Lei; seu propósito aqui é tão somente enfatizar que os que vivem em Cristo não procuram mais viver sob o antigo regime da Lei mosaica com o propósito de alcançar a salvação.

3. Legalismo x Antinomismo.

O legalismo é uma atitude que se concentra na observância e prática rigorosa das leis com o elemento determinante para uma comunidade alcançar o favor de Deus. Por outro lado, o antinomismo rejeita todo tipo de normas morais, deixando a pessoa livre para pecar. Assim, o legalismo foi refutado duramente pelo apóstolo Paulo (Fp 3.3-4 ), e o antinomismo fere de morte a vocação dos cristãos para a santidade (Rm 1.7; 1 Pe 1.15,16). Como amamos todo o conselho de Deus revelado nas Sagradas Escrituras, afirmam os que os princípios morais divinos revelados na Bíblia, a Palavra de Deus, são atemporais, válidos em qualquer época e cultura. E, por isso , o cristão fiel à Bíblia tem cuidado tanto com o legalismo quanto com o antinomismo.

🤓 Comentário da Lição

Facilmente se pode perceber a diferença entre legalismo e antinomismo. A primeira, teologicamente falando, refere-se a uma obediência à Lei de modo egoísta, pois sua prática estava firmada no propósito de alcançar a redenção por meio da conduta. Uma pessoa legalista prende-se totalmente à prática e obediência à Lei apenas no seu aspecto exterior, não atentando realmente para o seu espírito, sua essência, seu real desígnio. A segunda, o antinomianismo, nega a Lei, o que faz com que a pessoa viva totalmente descompromissada. Os legalistas desprezam a graça divina e passam a afirmar que para se obter a salvação é preciso que a Lei seja observada. Note que essa concepção transforma a Lei em um alicerce da salvação. Desse modo despreza plenamente a justificação pela fé como foi ensinado por Paulo e a presença do Espírito na vida que passa a ser a lei que age no interior daquele que crê em Jesus (Rm 8.2).
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SINÓPSE I

O Evangelho Não é antinomista, isto é, ele tem normas, regras e limites claros. O Evangelho também não é legalista, isto é, não está preso a observâncias rigorosas de datas, dietas e ou­tras práticas religiosas, esperando algum favor divino.


👨‍🏫 AMPLIANDO O CONHECIMENTO

O que o antinomismo alega? “Alegam os antinomistas que, salvos pela fé em Cristo Jesus, já estamos livres da tutela de Moisés. Ignoram, porém, serem as ordenanças morais do Antigo Testamento pertencentes ao elenco do direito natural que o Criador incrusta na alma de Adão. […] Todo crente piedoso observar [as ordenanças morais da Lei]; pois Cristo não veio revogá-las; veio cumpri-las e sublimá-las.” Amplie mais o seu conhecimento, lendo o Dicionário Teológico, editado pela CPAD, p.51.


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II. A CÓLERA É 0 PRIMEIRO ATO PARA O HOMICÍDIO

1. Jesus e o sexto mandamento

Jesus não anulou o sexto mandamento do Decálogo (Êx 20.13; Dt 5.17). Contudo, sua interpretação foi mais elevada e profunda, pois revelou que a ira ou cólera contra um irmão é um tipo de homicídio no coração, com o bem afirmou o apóstolo João : “ Qualquer que aborrece a seu irmão é homicida. E vós sabeis que nenhum homicida tem permanente nele a vida eterna” (1 Jo 3.15). Não é por acaso que o verbo “irar” no grego, em Mateus 5.22, é orgizo, que significa provocar, incitar a ira, estar zangado, estar enfurecido. A fúria e a ira de Caim o levaram a cometer o primeiro homicídio contra o próprio irmão (Gn 4.5,8). Portanto, o sexto mandamento não envolve apenas um a sanção penal, mas elementos mais profundos como palavras, emoções, insultos e outras ações que se antecipam ao homicídio.

🤓 Comentário da Lição

Para compreendermos bem o relacionamento de Jesus com o sexto mandamento exposto por Ele aqui em seus ensinos, devemos atentar para a expressão ouvistes o que foi dito (Mt 5.21,27,33,34,43). Com isso, Ele já começa a introduzir a superioridade da sua justiça, que é mais elevada do que aquela que ensinavam os escribas e fariseus. Esse verbo “ouviste” tem grande significado aqui, ou melhor, um valor grandioso, isso porque naquele tempo o acesso à literatura era bem escasso, inclusive às Escrituras. A maioria do povo não sabia ler, assim, tudo o que eles conheciam era por meio do ouvir, e quem detinha o maior poder nesse particular eram os escribas, os quais atuavam nas sinagogas fazendo a exposição da Lei. Quanto aos antigos, há vários debates conforme se pode notar em algumas versões. Em algumas consta aos antigos, enquanto em outras pelos antigos. Alguns tradutores preferiram pelos antigos, que nesse caso seria uma referência direta àqueles que faziam a interpretação das Escrituras, Moisés, os escribas e os mestres daquele tempo. A expressão aos antigos, por outro lado, estaria se direcionando ao povo, a quem falou Moisés e outros que vieram depois dele.

2. A cólera no contexto bíblico.

Tanto o salmista quanto o apóstolo Paulo escreveram que um servo de Deus pode irar-se, mas não deve pecar (Sl 4.4; Ef 4.26). A ira é uma emoção humana. Por isso, na Bíblia, vemos pessoas justas se irando contra o pecado, contra os atos desumanos, contra o desrespeito à Palavra de Deus (Os 4.1-3). Nosso Senhor manifestou ira contra os que faziam do templo um “covil de ladrões” (Jo 2.13-17). Entretanto, a ira não pode nos controlar e devemos examinar se ela provém de um espírito reto, de um coração puro, ou se é um a obra da carne, do tipo pecaminosa, orgulhosa, odiosa e vingativa (Gl 5.20). O imperativo bíblico é que a ira não pode nos dominar (Ef 4.26; Hb 12.15).

🤓 Comentário da Lição

No versículo 21 Jesus começa fazendo um destaque em relação à ira. O verbo grego é orgizómenos e significa provocar, incitar à ira, ser provocado à ira, estar zangado, estar enfurecido. Como dissemos antes, Jesus não atentava apenas para o ato de matar alguém, mas, sim, ao que levava a pessoa a cometer o crime. Por isso, Ele quer reforçar o que é denominado de Principiis obsta, que quer dizer resiste aos inícios, que no caso aqui o princípio do homicídio é o ódio, a ira pecaminosa. Na interpretação de Cristo em relação ao sexto mandamento (Êx 20.13; Dt 5.17), percebe-se que há um destaque mais elevado acima daquele exposto pelos escribas e fariseus, que era superficial e legalista. O Mestre fala de algo espiritual, não apenas a prática do ato em si, mas sua causa, no caso a ira, posto que a sua manifestação contra alguém já é o começo para a prática do homicídio contra o irmão. O Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal14 define muito bem a cólera na interpretação de Cristo: Jesus ensinou que seus seguidores não deveriam nem pensar em se encolerizar a ponto de cometer um assassinato, pois já teriam então cometido um assassinato no coração. Aqui, a palavra “cólera” se refere a um desespero planejado e revoltado que sempre ameaça fugir do controle, levando à violência, afiição emocional, maior tensão mental, prejuízo espiritual e, sim, até à morte. A cólera nos impede de desenvolver um espírito agradável a Deus.


3. O valor da pessoa humana.

Em Mateus 5.21,22 Jesus enfatizou o valor da pessoa humana. Por isso, chamar alguém de raça, que significa inútil, cabeça oca e vazia, é uma ofensa grave, igualada à blasfêmia. Ou chamar o outro de “louco”, do grego móros, que significa ímpio, incrédulo, é uma conduta moralmente desprezível. Observe que, para quem manifestasse esses tipos de comportamentos, o fim era se tornar réu do Sinédrio e receber a condenação para o fogo do Inferno, do grego Geena, respectivamente. Nesse sentido, nosso Senhor mostra que não só peca quem comete um homicídio, mas igualmente os que nutrem a cólera, o ódio e o rancor no coração. A vida humana tem um valor sagrado. Por isso, o patrão deve tratar bem o seu empregado e este, consequentemente, deve respeitar o patrão; o irmão não pode fazer acepção de pessoas para com o outro irmão, quer por causa da cor da pele, quer por diferenças econômicas, pois como o apóstolo Pedro disse: “Reconheço, por verdade, que Deus não faz acepção de pessoas” (At 10.34).

🤓 Comentário da Lição

A valorização de Jesus pelo sexto mandamento é muito importante, pois com ela destaca seu apreço pela vida. Nesse mandamento está inserida a ideia de que também são dignos de morte aqueles que fizessem pronunciamentos desdenhosos, desrespeitosos contra o próximo, tal pessoa deveria ser condenada pelo Sinédrio judaico. Duas palavras precisam ser analisadas aqui: a primeira é rhaká, um substantivo de origem aramaica com o sentido de vazio, sem sentido, pessoa que tem cabeça vazia, cabeça-oca, também se tratava de um termo de repreensão usado entre os judeus no tempo de Cristo, e, em um sentido bem claro, pode ser traduzido por estúpido; a outra é o adjetivo moros, cujo significado é tolo, ímpio, incrédulo, idiota, retardado mental. Quem usasse esse termo também deveria ser lançado no fogo do inferno, que no caso aqui envolveria a morte eterna, posto que seria o gehenna (Mt 10.28). Precisamos inferir o seguinte, quem nutre ódio pecaminoso, uma ira contra seu irmão, possivelmente dirá tais palavras injuriosas contra ele, de modo que quem as pratica estará cometendo homicídio de dentro do seu coração. Aos olhos de Deus, esse procedimento é reprovável e essa pessoa caminha a passos largos para o inferno, a morte.
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SINÓPSE II

A cólera é o primeiro passo para a prática do homicídio.


👨‍🏫 AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO

“A verdadeira batalha pela lei do Reino não está nas simples ações externas ou efetuação de movimentos, pouco importando quão detalhados sejam; antes, a batalha é ganha ou perdida no coração, onde reside a vontade. […] A maioria dos pecados é premeditada; requerem-se ações anteriores e às vezes drásticas para evitar que a semente dê raiz e produza uma colheita amarga. Assim, os remédios de Jesus parecerão extremos, mas a malignidade tem de ser isolada e removida o quanto antes, para que haja uma melhor chance de recuperação. A prevenção é suprema. […] A proibição no versículo 21 não é a matança em geral, mas assassinato, matança que é contrária à lei. Jesus intensifica a lei indo ao âmago da questão: a vontade humana. O assassinato começa com a raiva; a pessoa tem de lidar com a raiva a fim de evitar o assassinato” (ARRINGTON, French L; STRONSTAD, Roger (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p.45).


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III. A “OFERTA DO ALTAR” E A DESAVENÇA

1. A oferta do altar

Em Mateus 5.23.24, Jesus se dirige aos discípulos e faz com que cada um examine a si mesmo, pois um servo do Senhor não pode ofertar no altar com um coração cheio de ira e rancor. Afinal, dizer amar a Deus, mas odiar o irmão é cair na mentira (1 Jo 4.20). Para o judeu, ofertar era um ato sagrado e tal atitude fazia-o reconhecer a bondade de Deus para com ele (Gn 4.3,5; Êx 25.2; Lv 1.2 ; SI 66.13). Nesse sentido, o Senhor Jesus valorizava esse ato. Entretanto, não adiantava reconhecer a bondade de Deus, mas não se reconciliar com o irmão . Cabe ressaltar que o verbo grego para “reconciliar”, é diallassô, que significa mudar a mente de alguém, renovar a amizade com alguém. Ele é encontrado no Novo Testamento apenas uma vez, em Mateus 5.24. Portanto, o ensinamento de nosso Senhor é claro: não há relacionamento correto com Deus sem relacionamento verdadeiro com o irmão.

🤓 Comentário da Lição

O cristão deve sempre fazer uma análise de seu coração e de sua vida espiritual (Mc 7.2,12; 2Co 13.5), especialmente em relação ao seu procedimento para com o seu irmão, vizinho, amigo, se realmente está agindo com ele em amor, sinceridade e verdade. Isso é interessante porque pode afetar tanto o nosso culto como nosso relacionamento com o Pai. Deus não irá se voltar para aquele que se diz cristão, mas está com o coração cheio de ódio, e não de amor. Essa pessoa jamais poderá trazer uma oferta a Deus quando estiver em inimizade contra o seu irmão, pois Ele jamais a receberá. Nosso Mestre divino deixa óbvio que Deus não se interessa por um culto de nossa parte quando as atitudes do coração não são puras para com o nosso semelhante, pois quem odeia seu irmão é assassino (1Jo 3.15). Um cristão verdadeiro não tem sua língua para bendizer a Deus e amaldiçoar o seu irmão (Tg 3.9,10). Aquele que ama a Deus de verdade nunca vive em inimizade com o seu irmão, pois está consciente, segundo o apóstolo João falou, de que aquele que não ama o seu irmão que vê, jamais poderá amar a Deus, a quem não vê (1Jo 4.20).

2. Evitando a desavença

Os versículos 25 e 26 de Mateus 5 têm relação com os versículos 23 e 24, mas uma conotação diferente: os versículos 23 e 24 dizem respeito à adoração; os 25 e 26 dizem respeito ao processo legal. Ambos, porém, procuram advertir os discípulos quanto ao problema da desavença entre irmãos. Nos versículos 25 e 26, nosso Senhor enfatiza que é preciso buscar uma solução para a desavença entre irmãos fora do tribunal. Naquela época, quando a pessoa era sentenciada, pagaria até o último kodrantes (de origem latina), que significa quadrante (aproximadamente quarta parte de um “asse” ), a menor moeda de cobre romana, valendo cerca de um quarto de um centavo. Nosso Senhor, portanto, nos convida a sanar as desavenças entre nós e, assim, preservamos o bom testemunho. Atentemos para a reflexiva indagação do apóstolo Paulo: “Ousa algum de vós, tendo algum negócio contra outro, ir a juízo perante os injustos e não perante os santos? […] Não há, entre vós sábios, nem mesmo um, que possa julgar entre seus irmãos?” (1 Co 6.1,5).
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SINOPSE III

Antes de ofertar, o seguidor de Cristo deve reparar qualquer tipo de desavenças.


👨‍🏫 AUXÍLIO VIDA CRISTÃ

“[Mateus] 5.23,24 – Relações rompidas podem dificultar o nosso relacionamento com Deus. Se tivermos uma mágoa ou uma queixa contra um amigo, devemos solucionar o problema o mais breve possível. [Mateus] 5.25-26 – Na época de Jesus, uma pessoa que não pudesse pagar sua dívida era lançada na prisão até que o pagamento fosse efetuado. A menos que alguém pagasse a dívida por ela, provavelmente morreria ali. É um conselho prático para solucionarmos as diferenças com os nossos inimigos, antes que a ira deles venha a causar-nos maiores dificuldades (Pv 25.8-10 ). Você pode não entrar em uma discordância que leve aos tribunais, mas até os pequenos conflitos podem ser mais facilmente resolvidos se as pazes foram feitas logo. Em um sentido mais amplo, esses versículos nos aconselham a agir rapidamente, procurando ter a paz com os nossos semelhantes, antes que sejamos obrigados a apresentar-nos perante Deus” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio Janeiro : CPAD, 2004, p.1225).


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CONCLUSÃO

Como servos de Cristo que vivem os as verdades do Evangelho, não deixemos que pensamentos, palavras e ações firam o nosso próximo, nem deixemos que as desavenças tornem-se disputas entre nós. Em caso de desavenças e desentendimentos, à luz das Escrituras, deve-se reconciliar-se imediatamente, seguir em paz com todos (Hb 12.14), pois é isso que o nosso Deus desejou quando escreveu: “Não matarás!”

Lição 04 - Resguardando-se de Sentimentos Ruins | CPAD Adultos

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REVISANDO O CONTEÚDO

1. Que ideia a palavra Antinomismo traz?

A palavra traz a ideia de que os cristãos não precisam obedecer à lei moral do Antigo Testamento.

2. O que o Antinomismo rejeita?

O antinomismo rejeita todo tipo de normas morais, deixando a pessoa livre para pecar.

3. O Senhor Jesus anulou o sexto mandamento?

Jesus não anulou o sexto mandamento do Decálogo (Êx 20.13; Dt 5.17). Contudo, sua interpretação foi mais elevada e profunda, pois revelou que a ira ou cólera contra um irmão é um tipo de homicídio no coração.

4. Qual o imperativo bíblico para a ira?

O imperativo bíblico é que a ira não pode nos dominar (Ef 4.26; Hb 12.15).

5. Qual o ensinamento de nosso Senhor quanto à desavença?

Nos versículos 25 e 26, nosso Senhor enfatiza que é preciso buscar uma solução para a desavença entre irmãos fora do tribunal. É preciso sanar as desavenças entre nós e, assim, preservar os bom testemunho.

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