Lição 09: A Visão do Vale de Ossos Secos - Betel Adultos 1 trimestre 2022
Lição 09: A Visão do Vale de Ossos Secos
Revista Adultos Betel 1 trimestre de 2022
Tema da Revista: Ezequiel – O profeta com a mensagem de juízo, arrependimento, restauração e manifestação da glória de DeusTexto Áureo
E me disse: Filho do homem, poderão viver estes ossos? E eu disse: Senhor Jeová, tu o sabes.Ezequiel 37.3
Verdade aplicada
A genuína restauração espiritual produz fidelidade e comprometimento com a Palavra de Deus e um viver para a glória de Deus.Objetivos da lição
- Explicar que o plano divino inclui restauração.
- Ressaltar que Deus pode fazer mais do que pensamos.
- Mostrar os resultados da restauração divina.
TEXTO BÍBLICO | |
---|---|
EZEQUIEL 37 | |
1 Veio sobre mim a mão do Senhor; e o Senhor me levou em espírito, e me pôs no meio de um vale que estava cheio de ossos, | |
2 E me fez andar ao redor deles; e eis que eram mui numerosos sobre a face do vale e estavam sequíssimos. | |
4 Então me disse: Profetiza sobre estes ossos, e dize-lhes: Ossos secos, ouvi a palavra do Senhor. | |
5 Assim diz o Senhor Jeová a estes ossos: Eis que farei entrar em vós o espírito, e vivereis. | |
10 E profetizei como ele me deu ordem; então o espírito entrou neles, e viveram e se puseram em pé, um exército grande em extremo. |
Leituras complementares | |
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Segunda | Jó 42.2 Deus é poderoso para cumprir Sua Palavra. |
Terça | Mt 7.24-27 É preciso ouvir e praticar as palavras de Jesus. |
Quarta | Lc 1.37 Para Deus nada é impossível. |
Quinta | Gl 4.4 A plenitude dos tempos. |
Sexta | Ef 1.6, 12 Salvos para louvor e glória da graça de Deus |
Sábado | Ef 2.11-19 Em Cristo, fazemos parte do povo de Deus. |
HINOS SUGERIDOS
- 212 - Os Guerreiros Se Preparam
- 340 - Um Povo Forte
- 526 - Grandioso És Tu
Ore por cura emocional e graça do Senhor.
Esboço da Lição Betel
INTRODUÇÃO
1. O plano divino inclui restauração
2. O poder de Deus para fazer mais do que pensamos
3. Resultados da restauração
CONCLUSÃO
Introdução
Essa visão revela que Deus é poderoso para levar adiante Seu propósito de ter um povo que viva de acordo com a Sua vontade, para testemunho a todas as nações e a glória do Seu Nome.
PONTO DE PARTIDA: O plano de Deus inclui a restauração do homem.
🔔 Comentário da Lição
A crise desesperadora da nação não limita a ação divinaA crise é um tempo de oportunidade. Os grandes avivamentos da história começaram em tempos de profunda sequedião espiritual, apatia religiosa e abandono da fé. – Estamos vivendo uma aguda crise na nação e na igreja evangélica em nossa Pátria. Mas a crise não pode impedir a mão de Deus de agir. Quando o povo de Israel estava como um vale de ossos secos, Deus realizou um milagre e pôs a nação de pé.
1 - O PLANO DIVINO INCLUI RESTAURAÇÃO
É provável que Ezequiel 37 seja um dos mais lidos e usados em pregações, dentre os quarenta e oito capítulos desse livro profético. Além de tantas mensagens denunciando o pecado do povo e o juízo divino, agora o profeta recebe uma mensagem que aponta para o plano divino de restauração. Assim tem sido desde o início da história da humanidade e sua relação com Deus: pecado, juízo, chamada ao arrependimento e promessa de restauração.
1.1. Ações divinas para restauração.
Como visto nas lições anteriores, Deus revelava o Seu propósito em restaurar o povo de Israel, enquanto anunciava Seu descontentamento com os pecados cometidos e as consequências de o povo ter se afastado dEle [Ez 11.16-20; 14.11; 16.60-63; 17.22-24]. Assim, o estudo de Ezequiel 37 é importante que seja realizado dentro deste contexto, principalmente da mensagem expressa no capítulo 36.16-38, que enfatiza maiores detalhes das diversas ações divinas visando a restauração do Seu povo, dentre outras: trará de volta o povo das nações para a sua terra; purificará das imundícias; dará um coração novo; dará o Seu Espírito.
Subsídio do Professor
Alguns comentaristas consideram os capítulos 33-39 como “profecias de restauração” ou “a esperança de restauração”. Lawrence Richards: “Somente treze anos após a destruição de Jerusalém foi que Ezequiel assumiu seu ministério de profeta da esperança. O cativeiro não era definitivo. O remanescente certamente retornaria para sua terra. A seu tempo e à sua maneira, Deus cumpriria as promessas que fizera a Abraão e a Davi.”
1.2. Uma visão da situação espiritual.
Mais uma vez Deus revela ao profeta a situação espiritual do povo (ao longo do livro, isto foi feito por intermédio de várias mensagens metafóricas), agora por intermédio de uma visão de grande impacto: numerosos ossos “sequíssimos” espalhados em um vale [Ez 37.1-2]. Esta visão, como outros textos bíblicos, desperta a nossa mente quanto à relevância da Palavra de Deus para termos uma consciência mais ampla e profunda acerca da gravidade da situação humana, quando permanece afastada do relacionamento com Deus, de acordo com a vontade do Senhor – Gênesis 3.9-24 (o desenvolvimento do texto revela a gravidade do pecado de Adão e Eva); Isaías 1.5-6 (uma forte figura de linguagem para retratar a depravação); Apocalipse 3.17 (notar a diferença entre a percepção da igreja e a avaliação divina).
Subsídio do Professor
Comentário Histórico-Cultural da Bíblia: “A grande quantidade de ossos descrita aqui implica que era o cenário de uma grande catástrofe. A descrição de um grande número de cadáveres que haviam sido privados de um enterro digno remete a muitas cenas de batalha encontradas nos primeiros períodos da história mesopotâmica e egípcia. (...) Uma maldição típica do antigo Oriente Próximo era que o cadáver da vítima amaldiçoada ficasse exposto às intempéries e aos elementos da natureza.”
1.3. Profeta – instrumento de Deus.
Desde o início o plano de Deus inclui o ser humano, não apenas como alvo de Seu amor e graça salvadora, como, também, sendo instrumento do Senhor para levar adiante Seu propósito de formar um povo para a Sua glória [At 13.14]. Logo no texto de Gênesis 3.15, que contém a primeira promessa que aponta para a vinda do Messias [Gl 4.4], encontramos Deus revelando que seria através de um ser humano que o Verbo viria e habitaria entre nós [Jo 1.14]. Assim, vemos Ezequiel sendo colocado “no meio de um vale que estava cheio de ossos” e andando ao redor dos mesmos [Ez 37.1-2]. Podemos imaginar o profeta pensando naquela experiência, considerando que era sacerdote e estava proibido de ter contato com “alguma coisa imunda de cadáver” [Lv 22.4]. Porém, foi o Senhor quem o levou, assim como Pedro à casa de Cornélio [At 10]. Os mesmos que são alcançados pela salvação também, vocacionados para anunciá-la [1Pe 2.9-10].
Subsídio do Professor
Comentário Bíblico Shedd: “O objetivo do ato de profetizar é, invariavelmente, fazer alguém escutar a palavra de Deus [Ez 37.4]. “A fé vem pela pregação, e a pregação pela palavra de Cristo” [Rm 10.17]. A palavra traduzida por “pregação” é “ouvir”, no original. Fazer alguém ouvir a palavra produz a fé que justifica para a vida eterna [Rm 5.1], e também põe o ouvinte em contato com o Espírito Santo, com Sua obra tríplice de inspirar as palavras da Bíblia, converter o homem a Cristo e santificar o convertido, inculcando-lhe no íntimo o pleno sentido da palavra.”
🔔 Comentário da Lição
Comentário de Joseph BensonEzequiel 37: 11-12 . Esses ossos são toda a casa de Israel – esses ossos representam a condição desesperada e desesperada à qual toda a nação de Israel é reduzida; eles dizem: Nossos ossos estão secos, etc. – Nossos assuntos estão na condição mais desesperadora; não há mais nenhuma esperança de serem recuperados. Somos cortados por nossas partes – somos separados e cortados um do outro, como um membro que é cortado do corpo. Portanto profetiza, etc. – Informe esses israelitas pobres, abatidos e desanimados sobre seu erro e revive sua esperança com uma nova promessa e declaração de meus propósitos de misericórdia para com eles. Ó meu povo, eu abrirei seus túmulos Embora seu cativeiro seja como a morte, suas prisões e locais de confinamento se fecham como túmulos, ainda assim eu os abrirei. E fazer com que você saia de suas sepulturas – eu vou tirá-lo do seu estado de cativeiro, no qual você é um pouco melhor do que pessoas mortas, não tendo poder ou privilégios, nem desfrutando de nada que possa ser chamado adequadamente vida. A nação judaica, em seu estado de dispersão e cativeiro, é chamada de israelitas mortos, por Baruch, cap. Ezequiel 3: 4 : e sua restauração é descrita como uma ressurreição por Isaías 26:19 . Da mesma maneira, São Paulo expressa sua conversão e a restauração geral que a acompanhará pela vida dentre os mortos, Romanos 11:15 . E a semelhança precedente mostrou, de uma maneira forte e bonita, que Deus, que poderia até ressuscitar os mortos, tinha poder para convertê-los e restaurá-los.
O milagre da restauração não é obra humana, mas iniciativa divina – A nação de Israel não podia levantar-se pelo seu próprio esforço. Eles eram como um vale de ossos secos. Não havia vida neles. Ou Deus se manifestava ou estariam completamente perdidos. – É Deus quem age hoje na vida da igreja. É Deus quem nos restaura. Dele vem a nossa cura. Dele vem a nossa libertação. É ele quem põe de pé o prostrado!
Eu ensinei que
O plano de Deus inclui a restauração do ser humano, e, também, Seu propósito de formar um povo para a Sua glória.
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Quantas vezes na história humana a manifestação do poder de Deus e o resultado produzido surpreenderam e superaram as maiores expectativas? Deus falou a Jeremias: “seria qualquer coisa maravilhosa para mim?” [Jr 32.27]. O anjo disse a Maria que “para Deus nada é impossível” [Lc 1.37]. Agora, Deus estava revelando a Ezequiel que o Seu poder é suficiente para cumprir a Sua Palavra e levar adiante o Seu plano [Jó 42.2].
2.1. Há esperança?
Após Deus ter revelado a Ezequiel o real estado espiritual do povo, como abordado nos tópicos 1.2 e 1.3, agora pergunta: “poderão viver estes ossos?” [Ez 37.3]. O próprio povo exilado dizia que os seus ossos estavam secos, sem esperança e aniquilados [Ez 37.11]. Porém, a manifestação do poder de Deus surpreende tanto aqueles que não têm esperança, como aqueles que têm esperança, porém somente para um futuro distante, como Marta [Jo 11.24]. Ele “é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos” [Ef 3.20]. Dentre tantas lições a serem extraídas de Ezequiel 37.3, uma pode ser: não permitamos que situações que estejam além do controle humano, ou de sua capacidade de compreender, abafem a fé no poder de Deus e na Sua Palavra.
Subsídio do Professor
Bíblia Vida Nova – Ezequiel 37.11: “Aqui vem a aplicação imediata da mensagem: os prisioneiros israelitas, sem nenhuma força política, haveriam de formar uma nação; sem nenhuma força moral, iam vencer a idolatria e formar uma religião pura. Isto se faria não por força, nem por poder, porém pelo Espírito do próprio Deus [Zc 4.6].”
2.2. O anúncio da Palavra de Deus.
A ordem de Deus para Ezequiel foi: “dize-lhes: …ouvi a palavra do Senhor” [Ez 37.4]. F. F. Bruce comentou: “A congregação menos promissora a que qualquer pregador já tenha pregado; mas a ideia encontra eco nas palavras do nosso Senhor em João 5.25: “os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e aqueles que a ouvirem, viverão””. Em nosso tempo tão repleto de desafios, a ordem é a mesma: “Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo” e “faze a obra de um evangelista” [2Tm 4.2, 5]. Prossigamos no poder do Espírito Santo.
Subsídio do Professor
Ênio Mueller sobre 1 Pedro 1.23: “Este poder e o novo nascimento que ele opera são mediados pela palavra de Deus. Isaías 55.10-11 fala da eficácia da palavra divina, que, enviada à terra, cumpre o propósito que lhe foi destinado. Este “envio” da Palavra é comparado ao envio da chuva que rega a terra, fazendo nela brotar a semente. (…) A Palavra de Deus tem tal poder porque também ela é “de fora”, não limitada pelas limitações normais deste mundo”. Vide Tiago 1.18 – “nos gerou pela palavra da verdade”.
2.3. Ação do Espírito Santo.
Muito significativo o fato de Ezequiel 37 apresentar um cenário tão desolador – ossos sequíssimos e, a seguir, descrever uma tremenda mudança a partir da ação conjunta da Palavra de Deus e do Espírito Santo. Tal descrição lembra outro momento na história: “terra sem forma e vazia…trevas…abismo”, mas o “Espírito de Deus se movia”. Após este cenário, vem a Palavra de Deus: “E disse Deus” [Gn 1.2-3]. Ou seja, o Espírito estava em movimento, pronto para proporcionar vida a partir da Palavra pronunciada, operando assim, junto com ela.
Subsídio do Professor
Wilf Hildebrandt, em sua obra “Teologia do Espírito de Deus no Antigo Testamento”, aborda o fato de ser nítido que em todo o AT a ação do Espírito nos diversos momentos da história de Israel é bem presente. Um dos livros proféticos onde há ênfase na obra do Espírito é Ezequiel. Israel estava no cativeiro, pois não tinha conseguido guardar e observar a Palavra de Deus. Então, Deus promete operar uma mudança tal que o povo receberá um novo coração, um novo espírito e, ainda, porá sobre eles o Seu Espírito [Ez 36.26-27], não apenas aos profetas, sacerdotes e líderes, mas sobre todo o povo. Esta promessa é reforçada em Ezequiel 37 com a visão do vale de ossos. A restauração virá pela participação conjunta da Palavra pronunciada e do Espírito de Deus.
🔔 Comentário da Lição
Deus é quem toma a iniciativa da restauração– Tudo provém de Deus. Ele é quem nos escolheu. Ele é quem nos chama. Ele é quem nos justifica. Ele é quem nos transforma. Ele é quem nos levanta a da morte. A iniciativa da restauração vem de Deus.
– É Deus quem faz Ezequiel andar no meio da vale (v. 2)
-É Deus quem pergunta ao profeta (v. 3)
– É Deus quem manda o profeta profetizar (v. 4)
– Toda a ação para levantar da morte é iniciativa divina (v. 5-6).
Deus é quem age milagrosamente levantando os mortos da sepultura espiritual
– Deus perguntou ao profeta: “Filho do homem poderão reviver esses ossos?”. Os céticos diriam: impossível. Os incrédulos diriam: Jamais! Mas Ezequiel disse: “Senhor Deus, tu o sabes”. Se Deus quiser, os mortos se levantam. SE Deus quiser o leproso fica limpo. SE Deus quiser, o paralítico anda. SE Deus quiser, o bêbedo se torna sóbrio.
SE Deus quiser, o drogado fica livre. SE Deus quiser, o feiticeiro corre arrependido para os braços de Jesus.
– Deus pergunta hoje: é possível a nossa igreja receber uma poderosa restauração? É possível esta igreja ser cheia do Espírito Santo? É possível nossos pastores serem tochas acesas nas mãos do Senhor? É possível termos líderes cheios da unção do alto? É possível termos jovens santos? É possível termos famílias piedosas? É possível esta igreja ser uma uma igreja de oração? É possível esta igreja ser uma ganhadora de almas?
– Ezequiel respondeu: “Senhor Deus tu o sabes!” SE Deus quiser ele pode fazer dos pastores homens cheios de intrepidez, fortalecer os fracos, levantar os caídos. SE Deus quiser, ele pode inflamar esta igreja
A Palavra de Deus
– Deus então diz: “profetiza a esses ossos: ossos secos ouvi a Palavra do Senhor” (v. 4).
Deus chama os mortos pela Palavra. Não há outro instrumento. Hoje muitas igrejas têm abandonado a Palavra, têm pregado outro evangelho, tem pregado doutrinas de homens, tem pregado o que o povo quer ouvir. Mas se queremos ver os mortos recebendo vida, se queremos ver conversões verdadeiras, precisamos pregar a Palavra. Há poder na Palavra! – A Palavra é o poder de Deus para a salvação. A Palavra deve ser prega com lágrimas e no poder do Espírito.
O Espírito Santo
– O v. 5 diz que é quando o Espírito entra nesses ossos é que eles recebem vida.
– O v. 9 diz que quando o Espírito vem e assopra sobre os ossos secos, eles recebem vida.
– O v. 10 diz que quando o Espírito entrou neles, eles se levantaram como um exército.
– Precisamos do sopro do Espírito trazendo vida, levantando os caídos, ressuscitando os mortos espirituais.
– É o Espírito Santo quem regenera, quem convence de pecado, quem nos batiza no corpo, nem nos dá nova vida.
Eu ensinei que
O poder de Deus é suficiente para cumprir a Sua Palavra e levar adiante o Seu plano.
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A obra de restauração inclui vivificação para um novo viver. Deus disse que abriria as sepulturas e faria o Seu povo sair delas para passar a vivenciar um novo tempo que incluía uma nova vida. Esta nova vida inclui o aspecto da comunidade (viver como povo de Deus); um viver de acordo com a vontade de Deus; “concerto perpétuo”; testemunho a todas as nações.
3.1. Um viver como povo de Deus.
Em vários versículos há expressões indicando “povo de Deus” em Ezequiel 36 e 37 [Ez 36.28; 37.12-13, 23, 27]. Deus não desistiu de ter “um povo para o seu nome” [At 15.14; Êx 6.7]. Não apenas os judeus, mas Deus está chamando pessoas de todas as nações para fazer parte do Seu povo. Outros textos do Novo Testamento revelam este propósito de Deus [1Pe 2.9-10; Ap 21.3]. Em Cristo Jesus, passamos a fazer parte do povo de Deus [Ef 2.11-19]. Tal verdade – ser povo de Deus – envolve algumas verdades, como: exclusividade, comprometimento e propósito.
Subsídio do Professor
Simon Kistemaker – Apocalipse 21.3: “A voz chama a atenção para a união de Deus e seu povo, expressa na imagem do tabernáculo no Antigo Testamento. João alude a uma conhecida passagem em que Deus, falando sobre uma aliança eterna com o seu povo, diz: “porei o meu santuário no meio deles para sempre. O meu tabernáculo estará com eles; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo” [Ez 37.26-27]. Essa passagem é um fio de ouro que está entretecido na Escritura do início ao fim [Gn 17.7; Êx 6.7; Lv 26.12; Ez 11.20; Zc 2.10-11; 2Co 6.16; Ap 21.3, 7]. É o fio do eterno amor de Deus pelo povo da aliança.”3.2. Um viver de acordo com a Palavra de Deus.
O profeta anunciou que o povo restaurado seria fiel às leis e aos princípios divinos e zeloso em praticar os Seus estatutos [Ez 37.24]. Não se trata de uma nova revelação quanto à vontade de Deus para o Seu povo. Após a libertação do Egito e antes de entrar na Terra Prometida, o povo foi exortado a viver de acordo com a Palavra de Deus [Lv 18.1-5]. Jesus também falou sobre a relevância de ouvir e praticar as Suas palavras [Mt 7.24-27; 12.50]. Por isso a restauração envolvia um novo coração e a habitação do Espírito Santo [Ez 36.26-27].
Subsídio do Professor
Taylor sobre Ezequiel 36.26-27: “A implantação do Espírito de Deus dentro deles transformará seus motivos e lhes capacitará a viver de acordo com os estatutos e os juízos de Deus (27). Jeremias, em passagem semelhante da sua profecia, sobre a qual Ezequiel parece estar baseado [Jr 31.31-34], não faz referência ao dom do Espírito, mas sua referência a imprimir “as minhas leis” na sua mente, e a inscrevê-las “no coração” claramente produz os mesmos resultados”. Afinal, a Palavra de Deus é o padrão de conduta do Seu povo.
3.3. Um viver para a glória de Deus.
A restauração também aponta para testemunho a todas as nações acerca de Deus [Ez 36.21-23; 37.28]. Bíblia Missionária de Estudo: “Assim como a escolha de Israel foi por amor [Dt 7.6-11] e pela honra de seu nome, a restauração também se dá por zelo ao seu santo nome [Ez 36.16-21]. A missão da Igreja visa acima de tudo a proclamação e a manifestação da glória de Deus”. Nosso testemunho perante esta geração passa por sermos “sal da terra” e “luz do mundo” para que o Pai seja glorificado [Mt 7.13-16]. Devemos ser frutíferos para que o Pai seja glorificado [Jo 15.8]. Fomos salvos para “louvor e glória da sua graça” [Ef 1.6, 12].
Subsídio do Professor
David F. Payne sobre Isaías 60.21: “O v. 21 revela a razão de as promessas do capítulo terem esperado tanto pelo cumprimento; as bênçãos materiais precisam ser acompanhadas de retidão interior, para que haja a manifestação da glória de Deus”. Também os que são recebidos como filhos de Deus por meio de Cristo Jesus [Ef 1.5-6], “devem demonstrar a natureza da graça do Pai e, dessa maneira, glorifica-lo [Ef 5.1; Mt 5.45; Lc 6.35]”, como escreveu Francis Foulkes.
🔔 Comentário da Lição
Comentário de Thomas CokeEzequiel 37: 10-11 . Um exército extremamente grande – Essa visão em si mesma, em primeiro lugar, fornece uma imagem muito viva da ressurreição; a seguir, dizem que aqueles que ressuscitaram são um exército extremamente grande; o hebraico é ainda mais enfático e até trabalha pela expressão: ??? Od?? meod meod, Um exército muito, muito grande; como o de todas as nações, tribos e povos, que nenhum homem poderia contar, Apocalipse 7: 9 . É ainda mais observável que esses ossos secos, tão milagrosamente ressuscitados, sejam chamados Ezequiel 37:11 . Toda a casa de Israel; uma expressão à qual o retorno do cativeiro da Babilônia nunca pode responder totalmente; pois é certo que toda a casa de Israel não voltou; não, nem ainda toda a casa de Judá, mas apenas um pequeno restante deles. Se ainda se espera algum retorno mais glorioso desse povo, e sua conversão à fé cristã ( Romanos 11: 25-26 .), Ainda assim, pode-se questionar se mesmo isso responderá plenamente à intenção da profecia: por , para ter uma noção correta desse assunto, pode ser necessário considerar cuidadosamente a denúncia dos judeus em cativeiro, aos quais essa mensagem profética é aplicada como remédio. A reclamação que temos nessas palavras; Eis que, dizem eles, nossos ossos estão secos e nossa esperança se perde: somos cortados por nossas partes; isto é, como a nós mesmos. Hebraico ??? lanu. Certamente deve haver algo entendido por essa expressão; e, se houver, que alguém julgue se a libertação de seus filhos e netos do cativeiro babilônico (pois ninguém pode dizer que lhes foi prometida antes do fim dos setenta anos, dos quais a maior parte ainda estava para trás) poderia de qualquer maneira, responda à queixa aqui feita, de uma esperança perdida ou de um desespero quanto a si mesmos; muito menos uma promessa de libertação para sua posteridade tardia, à distância de algumas centenas ou milhares de anos, embora pensemos que nunca seja tão grande e gloriosa. Tomemos as palavras que se seguem, então, no sentido óbvio e como promessa de alguma felicidade pessoal para aqueles que aderem fielmente a Deus em todos os seus problemas e dificuldades, e isso proporciona um consolo altamente digno da onipotência e grandeza divinas a serem alcançadas. para suas criaturas; e, embora os suponhamos antes de familiarizarmos com a doutrina da ressurreição, ainda há algo nessa narrativa clara e circunstancial, entregue com tanta autoridade que não podia deixar de renovar em suas mentes uma esperança e expectativa agradáveis, suficientes para silenciar todas as reclamações.
O PROCESSO DA RESTAURAÇÃO
1. Ruído
– Houve um ruído, um barulho, uma agitação. Mas isso ainda não é vida. Restauração não é barulho, agitação, estardalhaço, gritaria, emocionalismo. Não se gera vida com propaganda e com marketing. Ezequiel não confundiu barulho com criação, nem atividade com unção, nem agitação com avivamento.
2. Ajuntamento
– Houve um processo. Os ossos que estavam espalhados, dispersos, se ajuntaram. Voltaram às suas origens. Ficaram em ordem. Mas ainda eram ossos secos, sem vida, sem fôlego. – Talvez ficássemos satisfeitos com isto. Ezequiel não. De que vale um bando de esqueletos? Eles poderiam por acaso lutar as guerras do Senhor?
3. Tendões e carne
– Eles agora estavam de pé. Agora tinham uma estrutura. Agora pareciam gente. Mas ainda estavam mortos. Podemos ter estrutura, doutrina, preceitos, mas ainda falta vida. Podemos ter religião, podemos frequentar a igreja, mas precisamos de vidas!
4. Pele
– Agora eles tinham aparência, beleza, formosura, mas ainda estavam mortos. Era cadáveres. Você pode parecer filho de Deus, poder aprender um vocabulário evangélico e ter cacuete de filho de Deus e ainda não estar vivo. – Os fariseus eram bonitos por fora, mas estavam mortos como túmulos caiados. É preciso mais, é preciso que o Espírito Santo nos vivifique!
O Espírito entrou neles e viveram e se puseram em pé, um exército sobremodo numeroso
– Só o Espírito pode regenerar a sua alma. Só o Espírito pode transformar sua vida, só o Espírito pode trazer restauração em nosso meio. Só o Espírito pode fazer jorrar rios de águas vivas dentro de nós. Só o Espírito Santo pode nos dar poder e fazer esta igreja levantar-se como um poderoso e numeroso exército!
Eu ensinei que
Os resultados da restauração são: um viver como povo de Deus; um viver de acordo com a Palavra de Deus; e um viver para a glória de Deus.
CONCLUSÃO
Deus cumpre Seu plano por intermédio da proclamação do Evangelho e da ação do Espírito Santo, restaurando vidas e capacitando-as a viver de acordo com a vontade de Deus e testemunhar acerca da salvação, para que o Senhor seja glorificado.
🔔 Comentário da Lição
OS RESULTADOS DA RESTAURAÇÃO1. Os ossos secos passaram a viver e se puseram em pé como um exército – v. 10 Deus pode nos levantar. Deus nos pode unir. Deus pode nos dar um só coração, um só propósito, para sermos nesta igreja como um exército do Senhor, a nos levantarmos em nome do Senhor, para fazer a obra do Senhor.
2. Os ossos secos saíram da sepultura existencial – v. 12-13 Não importa quão profunda seja a sepultura existencial em que você se encontra. Em que buraco existencial você se enfiou. Nesta noite, o Espírito Santo pode quebrar o poder da morte em sua vida, desatar você das vestes mortuários e fazer de você uma pessoa livre, cheia de vida!
3. Uma experiência profunda com Deus – v. 6,13,14 – Então sabereis que eu sou o Senhor (v. 6) – Sabereis que eu sou o Senhor, quando eu abrir a vossa sepultura e fizer sair dela, ó povo meu (v. 13). – Porém em vós o meu Espírito, e vivereism, e vos estabelecerei na vossa própria terra. Então, sabereis que eu, o Senhor, disse isto e o fiz, diz o Senhor (v. 14).
4. Unidade espiritual – v. 22-25 – Nunca mais Israel seria duas nações. A divisão que rasgou a nação no mieo não mais existiria. Deus restaura relacionamentos quando o Espírito Santo sopra sobre nós. Acabam-se as mágoas, as fissuras.
5. Comunhão íntima e contínua com Deus – v. 26-28 – Deus porá o seu santuário no meio do seu povo para sempre. Ele será nosso Deus e nós seu povo. O santuário estará no meio do seu povo para sempre. Isso significa comunhão. A nossa maior recompensa é Deus. Nossa maior hereança é Deus. A vida eterna é conhecer a Deus. O céu é comunhão com Deus. O Espírito nos tira da morte e nos restaura para termos comunhão com Deus. Avivamento é comunhão com Deus! Amém!
Lição 09: A Visão do Vale de Ossos Secos - Betel Adultos 1 trimestre 2022
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