Lição 11 Revista Betel 4 trimestre 2021

Lição 11: A Plenitude do Espírito Santo - Revista Betel Adultos 4 trimestre 2021. Baixar revista Betel adultos 2021 em pdf.

 

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Lição 11 Revista Betel 4 trimestre 2021

Lição 11: A Plenitude do Espírito Santo - Revista Adultos Betel 4 trimestre de 2021

Tema da Revista: Efésios – Uma exposição sobre as riquezas da graça, misericórdia e gloria de Deus


Texto Áureo

E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito.
Efésios 5.18

Verdade aplicada

Sermos cheios do Espírito Santo afeta o modo como nos comportamos em todas as áreas da nossa vida.

Objetivos da lição

  • Discorrer acerca da prática dos valores cristãos.
  • Ensinar sobre o propósito divino para nossas vidas.
  • Explicar o que é uma vida cheia do Espírito Santo.


TEXTO BÍBLICO
EFÉSIOS 5
1 Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados;
2 E andai em amor, como também Cristo vos amou e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave.
8 Porque noutro tempo éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor; andai como filhos da luz.
9 (Porque o fruto do Espírito está em toda bondade, e justiça, e verdade),
10 Aprovando o que é agradável ao Senhor.
15 Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios,16. Remindo o tempo, porquanto os dias são maus.


Leituras complementares
SegundaJo 14.26 O Consolador, o Espírito Santo.
TerçaJo 15.11 - União íntima entre Jesus e os cristãos.
QuartaAt 1:8 - Receber a virtude do Espírito Santo.
QuintaAt 2:4 - A descida do Espírito Santo.
SextaAt 16:16 - Uma jovem com espírito de adivinhação.
SábadoCl 1:9 - Cheios do conhecimento da vontade de Deus.

HINOS SUGERIDOS

  • 85 - Deixai Entrar o Espírito de Deus
  • 290 - Teu Espírito Vem Derramar
  • 551 - O Santo Espírito

Motivos de Oração
Ore para ser cheio do Espírito Santo.

Revista BETEL | 4° Trimestre De 2021 | Betel Dominical Adultos – Efésios – Uma exposição sobre as riquezas da graça, misericórdia e gloria de Deus | Lição 11: A Plenitude do Espírito Santo


Introdução

O capítulo 5 de Efésios traz uma continuação do estilo de conduta cristã exposto no capítulo 4. Aqui são relacionadas as práticas que a Palavra de Deus reprova duramente e que todos nós também devemos condená-las, assim como as que precisamos adotar e cultivar.


PONTO DE PARTIDA: Devemos ser cheios do Espírito Santo.

1 - IMITANDO A DEUS COMO FILHOS AMADOS

Paulo continua exortando em tom imperativo, não como imposição, mas conscientizando seus leitores acerca da importância de incorporar em suas vidas os valores transcendentais da nova vida que adotaram, afastando-se de qualquer coisa que não seja compatível com ela.

1.1. Jesus, Nosso supremo modelo.

Paulo diz que devemos ser “imitadores de Deus como filhos amados” [Ef 5:1]. Ele nos convida a fazer o mesmo que nosso Pai Celestial fez por nós. Assim como, de maneira natural, a criança tenta repetir ou copiar o que vê o pai fazer, devemos copiar nosso Deus Pai em toda Sua maneira de conduzir e nos tratar, o que manifestará ao mundo nossa semelhança com Ele. Paulo nos manda também “andar em amor”, assim como nosso Senhor Jesus Cristo o fez [Ef 5:2]. Implicando que, como filhos e imitadores, a natureza de nossa conduta deve ser o amor, aquele amor que não conhece limites, que não exige nada em troca e que busca acima de tudo o bem dos demais [1Co 13:1-13].

Subsídio do Professor

O maior exemplo de amor é a entrega de Jesus Cristo pelo Pai para redimir o homem da miserável condição em que se encontrava. Por sua vez, Cristo também mostrou uma vida de perfeita obediência a Deus e de perfeito amor aos homens. Em total obediência, Ele foi até a cruz para consumar o ato mais extraordinário de rendição e amor já visto pela humanidade. O amor de Deus não é passivo ou indiferente. Manifestou-se em doação [Jo 3.16]. Esse amor “está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo [Rm 5:5].

🔔 Comentário da Lição

Comentário de John Calvin
2. Ande no amor como Cristo também nos amou. Tendo nos chamado para imitar a Deus, ele agora nos convida a imitar a Cristo, que é o nosso verdadeiro modelo. Devemos nos abraçar com esse amor com o qual Cristo nos abraçou, pois o que percebemos em Cristo é o nosso verdadeiro guia.

E se entregou por nós. Essa foi uma prova notável do mais alto amor. Esquecido, por si mesmo, Cristo não poupou a própria vida, para que ele pudesse nos redimir da morte. Se desejamos ser participantes desse benefício, devemos cultivar afetos semelhantes em relação aos nossos vizinhos. Não que qualquer um de nós tenha atingido uma perfeição tão elevada, mas todos devem ter como objetivo e lutar de acordo com a medida de sua capacidade.

Uma oferta e um sacrifício a Deus de um aroma agradável. Embora essa afirmação nos leve a admirar a graça de Cristo, ela se aplica diretamente ao presente assunto. Nenhuma linguagem, de fato, pode representar plenamente as conseqüências e a eficácia da morte de Cristo. Este é o único preço pelo qual nos reconciliamos com Deus. A doutrina da fé sobre esse assunto ocupa a posição mais alta. Porém, quanto mais extraordinárias forem as descobertas que nos chegaram à bondade do Redentor, mais fortemente estaremos ligados a seu serviço. Além disso, podemos deduzir das palavras de Paulo que, a menos que nos amemos, nenhum de nossos deveres será aceitável aos olhos de Deus. Se a reconciliação dos homens, efetuada por Cristo, foi um sacrifício de um aroma agradável, (154) nós também seremos “para Deus um aroma agradável” ( 2 Coríntios 2:15 ), quando este perfume sagrado for espalhado. sobre nós. Para isso se aplica o ditado de Cristo,
“Deixe seu presente diante do altar, e vá e se reconcilie com seu irmão.” ( Mateus 5:24 .)

1.2. Despojando-nos do velho homem.

Depois de nos orientar a ser imitadores de Deus no perdão e no amor sacrificial como o de Cristo, o apóstolo nos adverte agora em relação aos pecados de imoralidade e vulgaridades sexuais [Ef 5:3-5]. Ele nos adverte sobre atos impróprios e impuros como fornicação, impureza e avareza. O apóstolo diz que tais comportamentos nem deveriam ser mencionados, ou seja, esse tipo de conversa não se adequa e não corresponde ao estilo de vida ao qual o crente foi chamado. Paulo diz que agora somos pessoas santas, separadas para Deus e, portanto, como santos, não devemos cultivar essas coisas em nossa mente e nem ficar pronunciando entre nós. Paulo nos convoca aqui para a santidade e a pureza moral [Ef 5:4-7].


Subsídio do Professor

A Bíblia está cheia de advertências acerca das regras de conduta e daquilo que devemos evitar. São as más conversações que corrompem os bons costumes [1Co 15:33]. Não podemos ser santos e permanecer na roda dos escarnecedores. A nova vida exige santidade, compromisso com a verdade, pureza e que tais tipos de conversas sejam excluídos de nosso caminho. Lembremo-nos de que as “raposinhas” – representando as pequenas coisas que consideramos inofensivas – também podem fazer mal às vinhas [Ct 2:15].


1.3. Andando como filhos da luz.

O que é um filho da luz? Aquele que não está mais coberto pelas trevas da ignorância e não age mais inconsciente do pecado por estar iluminado pelo Espírito Santo de Deus e Sua verdade. Paulo diz que “éramos trevas”, não que estávamos “em trevas”. Jesus também não disse que “temos luz”, disse que “somos luz” [Mt 5.14]. Há um imenso contraste entre as trevas e a luz. Trevas falam de vida infrutífera, desordenada, e sem salvação. Luz fala de sabedoria, justiça e verdade. A luz produz frutos, as obras das trevas são estéreis em tudo o que se refere às coisas espirituais [Ef 5:9]. É impossível permanecer na luz e nas trevas ao mesmo tempo [Mt 6:24].

Subsídio do Professor

Warren Wiersbe: “Jesus disse: “Eu vim como luz para o mundo” [Jo 12.46]. Também declarou a seus discípulos: “Vós sois a luz do mundo” [Mt 5.14]. Quando Cristo estava aqui na Terra, a perfeição de Seu caráter e de Sua conduta mostrava a pecaminosidade dos que se encontravam a seu redor. Esse é um dos motivos pelos quais os líderes religiosos o odiavam e tentaram destruí-lo”. Andar como filhos da luz é imitar a mesma conduta de vida que Jesus apresentou nesse mundo, o que não é fácil para aqueles que se deixam manchar pelas trevas do pecado que a luz reprova.

🔔 Comentário da Lição

Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou odiará a um e amará o outro, ou dedicar-se-á a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e à riqueza. Mateus 6:24

Comentário de Albert Barnes
Ninguém pode servir a dois senhores … – Cristo passa a ilustrar a necessidade de acumular tesouros no céu a partir de um fato bem conhecido, de que um servo não pode servir a dois senhores ao mesmo tempo. Seus afetos e obediência seriam divididos, e ele falharia completamente em seu dever para com um ou outro. Um que ele amaria, o outro que odiaria. Aos interesses de um que ele iria aderir, aos interesses do outro que ele negligenciaria. Esta é uma lei da natureza humana. As afeições supremas podem ser fixadas em apenas um objeto. Então, diz Jesus, o servo de Deus não pode ao mesmo tempo obedecê-lo. e seja avarento, ou busque tesouros supremamente na terra. Um interfere no outro, e um ou outro será, e deve ser, rendido.

Mammon – Mammon é uma palavra siríaca, um nome dado a um ídolo adorado como o deus das riquezas. Tem o mesmo significado que Plutus entre os gregos. Não se sabe que os judeus já adoraram formalmente esse ídolo, mas eles usaram a palavra para denotar riqueza. O significado é que não podeis servir ao Deus verdadeiro e, ao mesmo tempo, estar supremamente empenhado em obter as riquezas deste mundo. Um deve interferir no outro. Ver Lucas 16: 9-11.
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Eu ensinei que

Paulo exorta seus leitores acerca da importância de incorporar em suas vidas os valores transcendentais da nova vida que adotaram, afastando-se de qualquer coisa que não seja compatível com ela.


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2 - VIVENDO A NOVA VIDA COM SABEDORIA

A nova vida exige que andemos com sabedoria, com consciência da posição que fomos colocados e buscando a cada dia conhecer o propósito para o qual o Senhor nos destinou.

2.1. Devemos viver com sabedoria e sensatez.

A sabedoria é um baluarte contra o erro [Pv 23.23]. É a sabedoria concedida pelo Espírito Santo que nos capacita para discernir as coisas que são de Deus e as que não são, as quais o homem em sua forma natural jamais conseguira perceber [1Co 2.14-15]. Somos exortados a agir com sensatez e a aproveitar o tempo, administrando cada fase de nossas vidas com sabedoria. Todo aquele que é sábio, diligentemente procura conhecer a vontade de Deus [Ef 5:17]; em vez disso, o tolo, aquele que é falto de entendimento, age de acordo com o que o mundo dita, Satanás ou seu próprio “eu”.

Subsídio do Professor

O crente não está somente na obrigação de não participar, pensar ou falar de atos imorais [Ef 5:3-5], precisa ter muito cuidado com tudo que diz respeito ao seu comportamento, ao seu modo de agir e ao seu modo de viver. Como filhos de Deus, devemos exibir ao mundo um estilo de vida apropriado, coerente com o chamado que recebemos. Fomos chamados a viver uma vida santa, separados de tudo o que não agrada a Deus, e essa vida exige que sejamos inteligentes, responsáveis e prudentes [Ef 5:15].

🔔 Comentário da Lição

A sabedoria do prudente está no cuidar do seu procedimento; a loucura dos insensatos consiste na fraude. Provérbios 14:8

A contraparte hebraica do grego “conheça a si mesmo”. “A mais alta sabedoria é que uma pessoa entenda seu próprio caminho. A loucura mais extrema é o engano. ” A palavra “engano” pode, no entanto, envolver fraude praticada contra terceiros. A loucura dos tolos se mostra então em seu esforço incessante de enganar.

Comentário de Thomas Coke
Provérbios 14: 8 . A sabedoria do prudente – Lord Bacon torna este versículo assim: Um homem sábio desconfia de seu caminho; um tolo astuto busca evasão. Existem dois tipos de sabedoria, diz ele; uma verdadeira e sã, a outra falsificada e falsa; que Salomão por último hesita em não chamar de loucura. Quem se aplica ao primeiro presta atenção aos seus próprios caminhos e bases; prevendo perigos, estudando remédios, usando a assistência de homens bons e fortalecendo-se contra os iníquos: desconfiado de como ele entra nos negócios, e não despreparado para um belo retiro: atento às vantagens, corajoso contra impedimentos, com inúmeras outras coisas relacionadas a o governo de seus próprios caminhos e ações. Mas esse outro tipo é composto de falácias e artifícios astutos, e confia inteiramente nas esperanças de contornar os outros e enquadrá-los como ele lista. Essa parábola rejeita essa sabedoria, não apenas como perversa, mas como tola; pois, primeiro, não está no número de coisas que estão em nosso próprio poder, nem é dirigido por nenhuma regra constante; mas novos estratagemas devem ser inventados todos os dias, o velho fracassa e se torna inútil; e, segundo, assim que um homem obtém o nome e a opinião de um astuto companheiro astuto, ele se privou totalmente do principal instrumento para a administração de os assuntos dele; o que é confiança; e assim ele encontrará, por experiência, todas as coisas que se cruzam com seus desejos: por fim, essas artes e mudanças, por mais promissoras que sejam justas e muito agradáveis, como praticá-las; no entanto, geralmente são frustrados e, o que é pior, terminam tristemente. “Conselhos astutos e audaciosos (diz Tácito notavelmente) são alegres na expectativa, difíceis na administração e tristes no evento”. Consulte Avanço da aprendizagem, como acima.

2.2. Devemos ter consciência de quem somos agora.

Paulo diz que em outro tempo éramos trevas. Ele está nos chamando à consciência daquilo que nos tornamos em Cristo, o que somos agora [Ef 5.8]. É necessário que nossa vida cotidiana seja um reflexo daquilo que somos, porque as pessoas que nos assistem esperam ver em nós coerência – ações compatíveis com a fé que professamos [Mt 5.16; 1Pe 2.12]. Embora a salvação seja pela graça, isso não nos confere o direito de sermos irresponsáveis em viver como salvos. Paulo faz o relato de vários perigos que ameaçam a estrutura da nossa fé, os quais, não sendo evitados, podem nos causar sérios danos, inclusive nos apartar da presença do Senhor [1Co 9.27].

Subsídio do Professor

John Stott: “Todos nós temos a mesma quantidade de tempo à nossa disposição, com sessenta minutos por hora e vinte e quatro horas por dia. Nenhum de nós pode esticar o tempo. As pessoas sábias, porém, o empregam com o maior proveito possível. Sabem que o tempo está passando e que os dias são maus. Deste modo, agarram cada oportunidade fugaz enquanto ainda podem. Uma vez tendo passado, até as pessoas mais sábias não podem reavê-la [Ef 5:15-16].”


2.3. Devemos procurar conhecer a verdade de Deus.

Como um bom empreiteiro que segue o projeto de construção, o cristão é chamado a realizar neste mundo aquilo que o arquiteto (Deus) planejou. Não podemos descobrir qual é a vontade de Deus para nossas vidas longe da orientação de Sua Palavra [Sl 119.130; Jo 8.31-32]. Conhecer a vontade de Deus envolve, entre outros aspectos: oração, fé e disposição para obedecer, ler e estudar a Palavra de Deus, renovação da mente, ser guiado pelo Espírito Santo [Ef 5:17; Sl 25.4, 12; Rm 12.1-2; Cl 1:9]. Deus não deseja apenas que conheçamos Sua vontade, mas que tenhamos a compreensão perfeita para praticá-la com eficácia. Deus não faz nada sem um propósito, portanto, devemos descobri-lo e conduzir a vida de acordo com a vontade do Senhor. Alguns textos bíblicos sobre a relevância em buscarmos conhecer e praticar a vontade de Deus: Salmo 143.10; Mateus 7.21; 12.50; 1João 2.17.

Subsídio do Professor

Warren Wiersbe: “O termo compreender no versículo 17 [Ef 5:17, “entendei”] indica que devemos usar nossa mente para descobrir e colocar em prática a vontade de Deus. Muitos cristãos imaginam que descobrir a vontade de Deus é uma experiência mística que sobrepuja o raciocínio claro. Descobrimos a Deus à medida que Ele transforma a nossa mente [Rm 12:1-2]; essa transformação é resultante da Palavra de Deus, da oração, da meditação e da adoração.”



Eu ensinei que

A nova vida exige que andemos com sabedoria, com consciência da posição que fomos colocados e buscando a cada dia conhecer o propósito para o qual o Senhor nos destinou.


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3 - UMA VIDA CHEIA DO ESPIRITO SANTO

Não há como desassociar o crente da pessoa do Espírito Santo. Essa unidade percorre por toda a história da igreja e se faz necessária para que o crente tenha um testemunho poderoso neste mundo.

3.1. Enchei-vos do Espírito Santo.

“Enchei-vos” é um imperativo no plural, de maneira que se aplica a todos os cristãos de forma geral (não apenas a alguns). O verbo é usado no tempo presente e expressa continuidade, referindo-se a uma experiência que deve ser desfrutada no dia a dia, não apenas em ocasiões especiais. A forma correta seria: “continuem vos enchendo”. Segundo Warren Wiersbe: “Também está no passivo, significando que não enchemos a nós mesmos; antes, permitimos que o Espírito nos encha. Nesse contexto, o verbo “encher” não tem relação alguma com quantidade ou conteúdo, como se fôssemos receptáculos vazios que precisam de certa quantia de combustível espiritual para prosseguir.” É deixar-se ser guiado, usado, dirigido, capacitado pelo Espírito Santo em todas as áreas da vida – vide os versículos seguintes – Efésios 5.19 a 6.9.

Subsídio do Professor

O efeito da embriaguez e o efeito da plenitude são diametralmente opostos: quem fica bêbado altera sua consciência, perde o controle de suas ações, de sua vontade, e está propenso a cometer qualquer ato imoral, abominável ou vergonhoso. Ao contrário, o preenchimento do Espírito produz controle e domínio próprio, força espiritual, alegria racional, sanidade, prudência, temperança, mansidão, desejos limpos e ordeiros, repúdio ao mal, consciência do que é certo e puro, e uma inclinação acentuada para fazer a vontade de Deus. Como Paulo diz em Gálatas 5.23b: “contra estas coisas não há lei”.

3.2. Por que devemos ser cheios do Espírito Santo?

Primeiro, devemos ser cheios porque é uma ordem, é a vontade de Deus e devemos obedecê-la. Depois, porque é uma questão de sobrevivência. É o Espírito Santo quem produz vida ao Corpo de Cristo. Uma vida cheia do Espírito Santo se torna plena e habilita o crente para viver de maneira vitoriosa. É muito importante ler Efésios 5.18 à luz do que vem depois. Lembremos da exposição de Paulo até aqui sobre o plano de Deus e o que Ele fez para levar adiante visando formar um povo para Si. Agora, o apóstolo fala dos desafios de continuar vivendo neste mundo, mas, agora, como povo de Deus. É nesse contexto que encontramos a reposta à questão apresentada neste subtópico – precisamos, repetidas vezes, ser cheios do Espírito Santo a fim de podermos viver como povo de Deus no meio de uma geração corrompida e perversa.

Subsídio do Professor

Craig S. Keener comenta sobre Efésios 5.18-21: “Seja lá o que mais Paulo queira transmitir a respeito da vida cheia do Espírito, o que ele diz é que ela afeta o modo como vivemos. Enquanto Atos enfatiza especificamente que o Espírito nos capacita para o evangelismo, Paulo afirma que o Espírito nos capacita para a adoração e para os relacionamentos com outros. Adverte que devemos produzir o fruto da luz [Ef 5.9], pois não somos mais quem éramos antes [Ef 5.8]. Então, em Efésios 5.18, Paulo contrasta o tipo errado de inspiração, resultante da embriaguez, com a boa inspiração resultante de ser enchido com o Espírito.”



3.3. Os benefícios de uma vida cheia do Espírito Santo.

Uma das manifestações da plenitude do Espírito é a expressão de louvor a nosso Senhor Jesus Cristo, em reconhecimento ao que Ele é e representa para nós, e de gratidão por todos os favores que Ele nos dá [Sl 103.1-6; Ef 5.19-20]. Em vez de expressar queixas e ressentimentos e falar sobre coisas que não edificam, os crentes, cheios do Espírito, devem conversar entre si com hinos, salmos e cânticos espirituais que glorificam o nome de nosso Senhor. Ao conversar um com o outro, devemos enfatizar as maravilhas de nosso Deus, expressando em forma de louvor nosso senso de gratidão por tudo o que Ele nos concede em todas as circunstâncias da vida.

Subsídio do Professor

Contudo, a vida cheia do Espírito Santo resulta não somente em adoração e louvor que expressamos com nossos lábios, mas está associada, também, com um importante aspecto da nossa vida: relacionamentos. Paulo faz uma exposição associando o ser cheio do Espírito Santo com o modo que tratamos uns aos outros, iniciando com “sujeitando-vos uns aos outros no temor de Deus” [Ef 5.21] e expandindo o tema com outras dimensões de relacionamentos: Efésios 5.22-33 (maridos e esposas); Efésios 6.1-4 (pais e filhos); Efésios 6.5-9 (servos e senhores). resultante da embriaguez, com a boa inspiração resultante de ser enchido com o Espírito.”

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Eu ensinei que

Não há como desassociar o crente da pessoa do Espírito Santo. Essa unidade percorre por toda a história da igreja e se faz necessária para que o crente tenha um testemunho poderoso neste mundo.


CONCLUSÃO

Recebemos de Deus uma nova vida e devemos vivê-la com sabedoria, na plenitude do Espírito Santo, e regando-a através da Palavra de Deus e da oração [Ef 5:18].


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