O que há por trás do Antissemitismo?
Não há ódio que tenha história tão rica e letal quanto o anti-semitismo - "o mais prolongado dos ódios" - como o intitulou o historiador Robert Wistrich.

Com efeito, encontrar-se uma causa única parece tarefa bastante desalentadora - a incidência do anti-semitismo é muito freqüente, o espaço de tempo, muito amplo, os lugares, muito numerosos, e as circunstâncias, muito variadas. Certamente, é por isso que alguns estudiosos passaram a ver cada incidente anti-semita como essencialmente único, negando o fato de que se pode traçar uma linha reta desde o anti-semitismo da Antiguidade até o de nossos dias. Quer falemos do ataque aos judeus de Alexandria, em 38 desta era, ou dos que ocorreram 200 anos antes, na antiga Jerusalém; do caso Dreyfus, na França de 1890, ou da Kristallnacht, na Alemanha do final da década de 1930 - cada um desses incidentes é visto como o resultado de um mix específico de forças políticas, sociais, econômicas, culturais e religiosas que excluem a possibilidade de uma causa mais profunda ou recorrente.

Durante a Guerra dos 6 Dias, de junho de 1967, bem como no período que a antecedeu e sucedeu a mídia soviética estava tomada por ataques mordazes a Israel e ao Sionismo , tendo-se desencadeado uma deliberada campanha de anti-semitismo oficial para sustentá-los. E, para um número considerável de judeus soviéticos que vinham tentando, de todas as formas, diluir-se na vida soviética, eis que, de repente, Israel se torna um desagradável lembrete de seu verdadeiro status no "paraíso dos 'operários'": a condição de presos na armadilha de um mundo onde não eram livres para viver abertamente como judeus nem tampouco para escapar do estigma de serem judeus. Para eles, Israel parecia ser parte do problema e não - como o era para mim e para outros - parte da solução. Expressando o que era, com certeza, um sentimento de muitos, um parente distante gracejou: "Se, ao menos, Israel não existisse, tudo estaria bem...".

De lá para cá, e especialmente nos últimos três anos, a noção de que Israel é uma das causas primárias do anti-semitismo, senão "a" causa primária, ganhou aceitação muito mais ampla. O mundo, dizem-nos os amigos e os inimigos, odeia cada vez mais os judeus pelo fato de odiar, cada vez mais, Israel. Certamente era isso que o embaixador belga tinha em mente quando me informou, durante sua visita, que o anti-semitismo em seu país cessaria quando os belgas não mais tivessem que ver, pela televisão, imagens de judeus israelenses oprimindo os árabes palestinos. Obviamente, o Estado de Israel não pode ser a causa de um fenômeno que o antecede em mais de 2.000 anos. Mas, seria apropriado vê-lo como a causa do anti-semitismo contemporâneo? O certo é que, em todas as partes, o Estado judeu parece estar no centro da tempestade anti-semita - e, mais do que em nenhum outro lugar, isto é válido para o Oriente Médio.

Há meio século, reagindo a essas tendências universalizantes, Hannah Arendt citou parte de um diálogo de "uma anedota contada após a 1ª.Guerra Mundial": 
"Um anti-semita alegava que os judeus haviam causado a guerra. Ao que um outro, retrucava: 'Sim, os judeus e os ciclistas'. Aí o anti-semita perguntava: 'Por que os ciclistas?' Ao que rebatia o outro: 'E por que os judeus?"

O aumento das matérias de vil conteúdo anti-semita divulgadas em toda a mídia estatal árabe é assustador e tem sido intensamente documentado. Os marqueteiros, jornalistas e acadêmicos árabes que, hoje, usam regularmente os métodos e o vocabulário em voga durante séculos para "demonizar" os judeus europeus - chamando-os de assassinos de Jesus, culpando-os de envenenar os não-judeus, inventando libelos de sangue e coisas do gênero. Numa região em que a fé cristã tem poucos adeptos, um anti-semitismo cristão, sombrio e erodido pelo tempo, alardeia um enorme cortejo de seguidores. Tomemos apenas um único exemplo: em fevereiro de 2003, o governo egípcio, formalmente em paz com Israel, achou por bem transmitir em sua televisão estatal uma série de 41 capítulos baseada na infame armação czarista acerca de uma suposta conspiração mundial judaica que pretendia dominar o mundo, os Protocolos dos Sábios de Sion. Para garantir altos índices, a série primeiro foi ao ar em horário nobre, exatamente na hora em que milhões de famílias árabes quebravam o seu tradicional jejum do Ramadã. Posteriormente, a televisão árabe via satélite retransmitiu o seriado para outras dezenas de milhões de pessoas mais, em todo o Oriente Médio.

Na Europa, a ligação entre Israel e o anti-semitismo é igualmente evidente. Basta observar que o timing e a natureza dos ataques aos judeus europeus, quer físicos quer verbais, revolveram sempre sobre Israel. A própria onda anti-semita, iniciada logo após o lançamento da campanha terrorista palestina contra o Estado judeu, em setembro de 2000, tinha chegado a um pico (até então) quando Israel deslanchou a sua Operação "Escudo da Defesa", no final de março de 2002 - mês em que 125 israelenses tinham sido mortos por terroristas.

Para entender o porquê, primeiro temos que ver que a sempre enganosa linha entre o anti-sionismo e o anti-semitismo se tornou, agora, totalmente embaçada: Israel, de fato, se transformou no "judeu do mundo", ou seja, no que o judeu representa para o mundo. Das mesquitas do Oriente Médio o grito que se ouve, fazendo gelar o sangue, não é "morte aos israelenses" - mas "morte aos judeus!" Em círculos mais civilizados, um colunista do Observer, de Londres, anunciou, orgulhoso, que ele não lê as cartas em apoio a Israel assinadas por judeus. [O fato de que a comissão que analisa as queixas contra a imprensa britânica não tenha encontrado nada de errado nessa declaração serve, apenas, para mostrar o quanto as coisas mudaram, na Grã-Bretanha, desde que Orwell, em 1945, escreveu que "não existe a possibilidade de, no presente, o anti-semitismo se tornar respeitável"] Quando, nos elegantes banquetes europeus, o assunto passa para o Oriente Médio - contam-nos fontes confiáveis - o ar chega a ficar azulado de tanto ranço anti-semita...

Israel, o relógio profético de Deus

O antissemitismo e a Teologia da Substituição
Enquanto isso o mundo sem Deus continua a Israel, cultivando o espírito antissemita, hoje cada vez mais presente entre as nações e, para nossa perplexidade, também presente, não raro, na Igreja de Jesus Cristo.

O que há por trás do Antissemitismo

Satanás tem inspirado 3.000 anos de Antissemitismo sabendo que somente o Messias descendente de Sem, de Abraão, de Isaque e de Jacó, pode derrotá-lo, conforme predito em Gênesis 3:15 se Israel fosse destruído no passado o diabo teria interferido no plano de Deus procurando evitar o nascimento do Messias e isso Satanás não conseguiu entretanto se todos os judeus fossem destruídos hoje Deus não poderia cumprir suas promessas de que Cristo reinará Como Rei dos Judeus no trono de Davi em sua segunda vinda. Portanto a integridade dos planos de Deus para o reino milenar de Jesus Cristo está ligada a sobrevivência de Israel. A prova disso é que nos momentos imediatos que antecederam a volta de Jesus a Bíblia relata que Deus livrará a mulher (Israel) da perseguição de satanás quando lhe proverá de asas para que fuja para o deserto e seja sustentada por ele durante a última metade da tribulação.

"a mulher, porém, fugiu para o deserto, onde ele havia Deus preparado lugar para que nele a sustentem durante 1.260 Dias."
"Quando, pois, o dragão se viu a tirado para a terra, perseguiu a mulher que dera à luz o filho varão., E foram dadas a mulher as duas asas da grande águia, para que voasse até ao deserto, ao seu lugar, aí onde é sustentada durante um tempo, tempos m metade de um tempo, fora da vista da serpente." (Ap 12.6, 13,14).

O Antissemitismo só terá fim quando o Messias restaurar Israel durante o Armagedon. 


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