Como era a real aparência de Jesus? As características físicas e etnia
Apesar da falta de referências bíblicas ou registros históricos, por dois milênios uma ampla gama de representações de Jesus tem aparecido, muitas vezes influenciado por contextos culturais, políticos e contextos teológicos. Como em outras artes Cristãs, as primeiras representações datam do final do segundo ou início do século III, e são encontradas principalmente em Roma nestas primeiras representações.
Jesus é normalmente apresentado como um jovem sem barba e com o cabelo encaracolado, por vezes com características diferentes dos outros homens retratados, por exemplo, seus discípulos ou romanos. no entanto representações de Jesus barbudo também aparecem a partir de muito cedo, talvez desenhando um estereótipo do mundo grego da aparência dos muitos filósofos carismáticos.
Características de Jesus
Jesus era judeu e provavelmente tinha características do povo da sua mãe. (Hebreus 7:14). Assim sendo, Jesus não era muito diferente dos outros judeus, tanto que certa vez ele viajou secretamente da Galileia para Jerusalém e não foi reconhecido. (João 7:10, 11).
A aparência de Jesus não se destacava nem entre os seus discípulos. Cera vez, Judas Iscariotes teve que identificar Jesus no meio de uma multidão, o que mostra que ele era parecido com as outras pessoas. — Mateus 26:47-49.
Várias teorias sobre a etnia de Jesus têm sido propostos e debatidos. Na Idade Média, um número de documentos, geralmente de desconhecidos ou de origem duvidosa, foram compostos e estavam circulando com os detalhes da aparência de Jesus. Agora, esses documentos são considerados falsificações.
Em 2001, para um documentário produzido pela BBC, o especialista forense em reconstruções faciais britânico Richard Neave utilizou conhecimentos científicos para chegar a uma imagem que pode ser considerada próxima da realidade. A partir de três crânios do século 1, de antigos habitantes da mesma região onde Jesus teria vivido, ele e sua equipe recriaram, utilizando modelagem 3D, como seria um rosto típico que pode muito bem ter sido o de Jesus.
Os europeus representaram Cristo de inúmeras maneiras, nunca preocupados com sua provável aparência, mas conforme intenções teológicas. Ele poderia ser pintado como Júpiter para expressar o governo universal, como Hermes para ressaltar o cuidado com seu povo ou na figura do sábio filósofo ensinando seus discípulos. Eventualmente ele teve o caráter divino ressaltado na transcendência de uma passividade distante, ou o caráter humano na imanência do sofrimento do crucificado. Ou ambos no mesmo Pantocrator.
Os europeus o representaram com a própria aparência como sendo castanho, loiro ou ruivo. Outras culturas também pintaram o Cristo de acordo com os seus próprios cânones artísticos, com a etnicidade de seus próprios rostos. Um Cristo negro no Peru, um oriental na Índia, um latino no México.
A arte cristã jamais pretendeu representar o Cristo como ele era fisicamente, mas o que ele significava, na experiência de fé e de culto, para quem o adorava.
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